sábado, 16 de maio de 2009

De volta ao cofre

16.05.09 às 01h22

Promotor cobrará devolução de verba gasta na Cidade da Música

POR CHRISTINA NASCIMENTO, RIO DE JANEIRO
Rio - O Ministério Público (MP) quer a devolução de pelo menos R$ 145 milhões gastos na construção da Cidade da Música, na Barra da Tijuca. Esse valor, no entanto, pode ser maior, segundo o promotor Gustavo Nogueira, da 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva de Defesa da Cidadania, já que os cálculos do ressarcimento aos cofres públicos ainda não foram concluídos. Na semana que vem, ele vai entrar com ação civil pública contra 16 réus, entre eles o ex-prefeito Cesar Maia, por irregularidades nos contratos firmados.

“Não terminei ainda a ação. Vou concluir e acredito que o valor de devolução seja muito maior que R$ 145 milhões”, afirmou o promotor. Ontem, o o engenheiro civil Luiz Severino Nunes Machado, da Empresa Municipal de Urbanização (RioUrbe), que atuou na obra desde o início, prestou depoimento no MP. Ele disse que exigiu da construtora responsável pela Cidade da Música que instalasse piso de madeira, conforme previa o projeto, na escada de cimento que dava acesso à Grande Sala. Mas que os representantes da empresa “propuseram a colocação de um carpete vagabundo apenas para a inauguração”. Ele contou também que Cesar Maia pretendia inaugurar a Grande Sala , para aparecer como o responsável pela obra, já que não seria possível entregá-la inteiramente concluída.

Outra informação repassada por ele diz respeito à falta de espaço entre as fileiras de cadeiras. Segundo o engenheiro, a distância era a prevista no projeto do arquiteto francês Christian de Portzamparc. Sobre um tampo de vidro da frente, no camarote, que impede a visão total do palco,o engenheiro acredita que trata-se um erro de projeto.

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