sábado, 27 de fevereiro de 2010

Para concessionária, metrô do Rio é um dos melhores do mundo

27.02.10 às 02h52

Diretor destaca o ar-condicionado e o índice de passageiros por metro quadrado, menor que o de Tóquio. Secretário de Transportes vai alterar contrato para aumentar o intervalo entre os trens e adequá-lo ao tempo praticado hoje

POR AMANDA PINHEIRO

Rio - Esqueça os atrasos abusivos, a superlotação que já causou desmaios nos passageiros e o ar-condicionado que mais parece sauna. Para a direção da concessionária, o metrô do Rio é um dos melhores do mundo. A empresa se defendeu das críticas dos usuários em audiência pública ontem, na Assembleia Legislativa (Alerj). O diretor de Relações Institucionais, Joubert Flores, listou uma ‘vantagem’: “Nosso sistema é um dos melhores: não há qualquer outro metrô no mundo que tenha ar-condicionado”. Ele comparou a lotação daqui com a de Tóquio: “A nossa média é de 6,2 pessoas por metro quadrado no horário de pico, contra nove no Japão”.

A declaração revoltou passageiros da Linha 2, em que o ar-condicionado funciona precariamente. “Sabemos que em diversos países os trens têm ar. E quando está frio, têm aquecedor. Aqui o sistema não funciona”, contesta a auxiliar administrativa Michele Freitas, 19 anos. O metrô de Madri é um dos que têm ar-condicionado e calefação.

Para a operadora de telemarketing Suelen dos Santos, 22 anos, o caos do metrô é o resultado dessas declarações: “As pessoas acreditam que o serviço é de qualidade graças às propagandas enganosas. Já passei mal devido à superlotação e precisei descer antes da minha estação”.

COBERTOR CURTO

“Para atender o que está previsto no contrato, (intervalo de 4 minutos e 45 segundos, em horário de pico, na Linha 1), seria preciso sacrificar os passageiros da Linha 2, que exige intervalo de 6 min 30 seg. Por isso, estamos trabalhando com 5 minutos e 30 segundos, para não prejudicar só uma parte”, justificou Joubert.

O secretário estadual de Transportes, Julio Lopes, vai se reunir com o conselho da Agetransp (agência reguladora do transporte público) para alterar o contrato e adequar o limite de intervalo entre os trens ao que a concessionária pode oferecer. Lopes vai definir também os indicadores de desempenho que servirão de referência para a Agetransp fiscalizar o serviço prestado pela concessionária.

Nova audiência pública será marcada. “O estado, a concessionária ou a agência terão de apresentar estudos que comprovem a alegação da Metrô Rio de que a conexão Pavuna-Botafogo é segura”, disse o presidente da Comissão de Transportes, deputado Marcelo Simão. Para o Ministério Público Estadual, há riscos.

Conselheiro de agência culpa governo

A Agetransp foi o principal alvo dos deputados na audiência. A agência que deveria fiscalizar o metrô foi taxada de ‘omissa’. Conselheiro da agência, Herval Barros culpou o Governo do estado pelo fato de o órgão nunca ter multado ou sequer advertido a concessionária nos últimos anos, mesmo com todas as falhas.

“Os problemas de operação do metrô estão acontecendo em função da Linha 1A. Havia pontualmente algumas questões de atraso, mas o conforto e a disponibilidade dos trens na operação original (antes de 22 de dezembro) eram plenamente atendidos. Não havia o problema de agora”, disse Barros, esquecendo que a superlotação do metrô é alvo de queixas dos passageiros muito antes de dezembro.

O conselheiro disse ainda que a agência tem recebido e comprovado as reclamações dos clientes, mas afirmou não poder punir a empresa, porque os indicadores de desempenho do contrato não foram homologados. Secretário de Transportes, Júlio Lopes prometeu fazer isso.

Metrô da Barra começa a ser construído dia 20. Estado ainda não sabe o trajeto que vai ligar Ipanema à Gávea

As obras da Linha 4 do metrô, que ligará a Barra da Tijuca à Zona Sul, a um custo estimado de R$ 3 bilhões, vão começar no dia 20 de março. Os trabalhos se iniciam pela Estação Jardim Oceânico. Haverá ainda estações em São Conrado e na Gávea, onde termina a linha. Mas a Secretaria Estadual de Transportes admite que não definiu ainda qual será o trajeto seguido pela Linha 1 até a Gávea, onde as duas linhas se integrarão.

O caminho tem duas possibilidades: via Ipanema e Leblon, ou por Botafogo e Jardim Botânico. Segundo a secretaria, isso será discutido posteriormente.

As obras da estação na Gávea também ainda não têm data para começar. Ainda assim, a meta do governo estadual é que a Linha 4 fique pronta para as Olimpíadas do Rio, em 2016. O metrô até a Barra substitui a proposta apresentada pelo Rio ao Comitê Olímpico Internacional para os Jogos, que previa um corredor exclusivo de ônibus da Barra até Ipanema.

No momento em que a construção da nova linha do metrô é iniciada, a concessionária admite que outras obras que deveriam estar sendo concluídas tiveram prazos prorrogados. A Estação Cidade Nova, por exemplo, que ficaria pronta em março, não tem mais data para ser concluída, segundo o presidente da Metrô Rio, José Gustavo de Souza Costa. O trecho de conexão entre linhas 1 e 2, entre São Cristóvão e Central, também passa por ajustes. E a Estação Uruguai mantém previsão para estar pronta em 2014.

Engenheiro bate boca com diretor

A audiência também teve momentos tensos. Doutor em engenharia de transportes, Fernando Mac Dowell chamou Joubert Flores, do metrô, de mentiroso quando ele explicava a junção de trilhos em “Y”. “Você não pode dizer que a chave de mudança de via é segura e pode evitar um acidente em caso de erro na sinalização, porque as maiores tragédias metroviárias do mundo foram causadas por falha nesta mesma chave”, garantiu.

Questionado por uma cadeirante sobre os problemas de acessibilidade do metrô, Joubert adiantou que, de setembro a dezembro, a empresa vai adaptar todas as estações e torná-las acessíveis.

Tatiana Pagung: Garota dourada

Rainha de bateria da Mocidade Independente, Thatiana Pagung ganha o prêmio Tamborim de Ouro na categoria Musa do Carnaval 2010 e brilha de dourado

POR MARCIA DISITZER

Rio - Thatiana Pagung, que completou 30 anos na quinta-feira, ganhou um presentão de aniversário: o prêmio Tamborim de Ouro. Ela foi eleita, pelo voto popular, a musa do Carnaval 2010. A 13ª edição do evento — realizado pelo jornal O Dia e pela rádio FM O DIA, que consagra os melhores do Carnaval Carioca — aconteceu no sábado, em grande estilo, na Cidade do Samba. Nas fotos deste ensaio, Thatiana mostra o brilho do ouro em vestidos, blusas e shorts de paetês, lurex e crochê dourado, em sintonia com a sua coroação.

Foto: Marcio Mercante /  Agência O Dia
Linda, Tatiana Pagung foi eleita a musa do Carnaval 2010 pelo prêmio Tamborim de Ouro | Márcio Mercante / Agência O Dia

“É uma verdadeira felicidade receber um prêmio decidido pelo voto popular. É reflexo do meu envolvimento e da minha entrega com a Mocidade Independente, exalei amor e alegria nesse Carnaval”, diz ela, que foi, pela quarta vez, rainha de bateria da Verde e Branca. “Este ano, estava solta, mais à vontade. Me dei conta de como amo estar naquele palco à frente da bateria”, disse a musa.

Thatiana conta também que, devido à participação e ao amor explícito da comunidade de Padre Miguel, desistiu de deixar o posto. “Fiquei muito emocionada com o povão gritando meu nome ao final do desfile. Não quero mais parar, deixei a ideia de lado”, promete a rainha de 2011.

Enquanto descansa do Carnaval, Thatiana já enumera planos para o ano que, finalmente, começa. “Além de voltar a ensaiar a peça ‘Sujou — A Comédia’, pretendo estrear, em abril, um show no qual cantarei apenas sambas de raiz”. Arrasa!

sábado, 9 de janeiro de 2010

OAB divulga gabarito oficial do Exame de Ordem de 2009

16.09.09 às 19h17

Rio - A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou na noite de terça-feira (15), os gabaritos preliminares oficiais e as provas do segundo Exame de Ordem unificado de 2009. A seleção inclui 26 Estados - somente Minas Gerais não participa do exame, aplicado no último domingo (13).

Só os aprovados passam para a segunda fase, que será aplicada em 25 de outubro. A última etapa da avaliação será a prova prático- profissional, que consistirá de uma peça e de cinco questões versando sobre a área escolhida pelo candidato.

Recursos
Quem discordar do gabarito poderá entrar com recurso, via internet, através do site (http://www.oab.org.br/) da OAB. De acordo com o edital, o prazo para interposição de recursos é de três dias úteis, contando do dia subsequente ao da divulgação dos resultados - ou seja, até sexta-feira, dia 18 de setembro.

Veja aqui os gabaritos preliminares:
Gabarito Caderno Liberdade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/oab2009-2_Gab_Preliminar_001_3.PDF)
Gabarito Caderno Igualdade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/oab2009-2_Gab_Preliminar_001_2.PDF)
Gabarito Caderno Fraternidade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/oab2009-2_Gab_Preliminar_001_1.PDF)

Veja aqui os cadernos de provas:
Caderno Liberdade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/OAB2009-2_001_3_LIBERDADE.pr.pdf)
Caderno Igualdade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/OAB2009-2_001_2_IGUALDADE.pdf)
Caderno Fraternidade (http://www.cespe.unb.br/concursos/OAB2009_2/arquivos/OAB2009-2_001_1_FRATERNIDADE.pdf)

Ângela Bismarchi: 'Os cargos de rainha de bateria estão sendo vendidos'

06.01.10 às 11h22

POR PEDRO MORAES

Rio - Ângela Bismarchi está decepcionada com o Carnaval carioca. A loura, que já foi Rainha de Bateria da Porto da Pedra, ainda não recebeu convites para desfilar. “Os cargos de Rainha de Bateria estão sendo vendidos e eu não vou pagar”, garantiu.

'A Fazenda 2': Sheila defende seu ex, Alexandre Pires

06.01.10 às 16h36 > Atualizado em 06.01.10 às 17h04
Foto: Reprodução Internet

Rio - Sheila Mello se mostrou bem chateada com as críticas que Igor Cotrim fez ao seu ex-namorado, o cantor Alexandre Pires. Igor fez alguns comentários que desagradaram a moça durante uma conversa onde ela relembrou o dia em que Alexandre Pires chorou após cantar para o ex-presidente americano George W. Bush. "As pessoas meteram o pau nele, mas o Alexandre não chorou por causa do Bush, e sim por se dar conta de onde ele havia chegado. Quem conhece a história dele sabe a importância que o fato teve em sua vida", disse a moça a Leozinho, com quem desabafou após a conversa com Igor.

Ao ouvir Sheila, Leozinho procurou mostrar compreensão e disse que Igor era inteligente, mas que as vezes se excedia ao fazer comentários de mau gosto.

As informações são do Terra

Chuva em Angra na virada foi a maior dos últimos 10 anos, dizem meteorologistas

09/01/10 - 07h37 - Atualizado em 09/01/10 - 07h37

Dados do Inmet revelam que choveu 142 mm entre dias 31 e 1º.
Geólogo diz que qualquer chuva acima de 70 mm sinaliza perigo.

Marília Juste Do G1, em São Paulo

Foto: Patrícia Kappen / G1

Escavadeira trabalha no local do deslizamento em Angra dos Reis. (Foto: Patrícia Kappen / G1)

A chuva que atingiu Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, nas últimas 12 horas do dia 31 de dezembro e nas primeiras 12 horas do dia 1º de janeiro foi o maior volume de água em 24 horas dos últimos dez anos, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Foram 142,9 mm de água – um valor normalmente registrado em todo um mês.


Nessas condições, segundo o geólogo José Tadeu Tommaselli, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), mesmo um morro totalmente preservado e sem impacto humano nenhum correria risco de avalanches de terra.

“Qualquer chuva acima de 70 mm é um indicador de problemas. E choveu muito mais que 70 mm”, explica o cientista.


No primeiro dia do ano, as chuvas na cidade causaram o deslizamento de dois morros, um em Ilha Grande e outro na parte continental de Angra. Ao todo, 52 pessoas morreram. Uma ainda está desaparecida.


Antes da chuva da virada, os maiores valores registrados pelo Inmet em 24 horas na região nos últimos dez anos foram de 129,3 mm em 9 de dezembro de 2002 e 117,5 mm em 25 de outubro de 2003. A maior chuva em um dia da história de Angra ocorreu na década de 1960: 191,4 mm em 22 de dezembro de 1965.


A causa de tanta água, de acordo com o meteorologista Fabrício Daniel dos Santos Silva, foi a formação que levou para a região do litoral do Rio de Janeiro massas de ar mais úmidas, que combinam tanto nuvens que causam precipitações intensas como aquelas que geram chuvas mais fracas, mas mais duradouras.


Ainda assim, o meteorologista afirma que essas chuvas são consideradas normais. “São normais alguns eventos de precipitações muito intensos nas mais diversas regiões do país, quando estas estão passando pelo seu período mais chuvoso”, explica Silva.

Foto: Marcos Arcoverde/Agência Estado

Equipes trabalham no local onde ocorreu um deslizamento no Morro da Carioca, no Centro de Angra dos Reis (Foto: Marcos Arcoverde/Agência Estado)

O também meteorologista José Fernando Pesquero, do Grupo de Previsão Climática do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), concorda.

“Estamos em um mês de verão. O calor associado ao anômalo transporte de umidade que está ocorrendo da região norte do Brasil para as regiões sul e sudeste é o responsável por estas chuvas. As frentes frias estão passando apenas pelo oceano Atlântico”, explica. “Esse transporte intenso de umidade associado ao fenômeno El Niño, que já é conhecido de provocar chuvas, pode estar provocando chuvas mais intensas”,afirma.

Os meteorologistas também afirmam que não há motivo para achar que os temporais são culpa das mudanças climáticas associadas ao aquecimento global.

“Todos os pesquisadores do clima são unânimes em afirmar que ainda não se pode associar tais eventos diretamente às mudanças do clima. Até porque tais eventos intensos sempre ocorreram”, afirma Silva.


“A atmosfera possui um número quase que infinito que sistemas que estão interagindo com ela. Estes vão de um El Niño até os escapamentos dos carros, soltando poluição. Por isto é complicado dizer se alguma chuva em particular, que ocorreu na atmosfera, teve tal culpado diretamente”, diz Pesquero.

Tanta água, para o geólogo José Tadeu Tommaselli, aumenta a possibilidade de deslizamentos em morros. Isso por que as rochas, em áreas de encosta, são mais próximas do solo. “A água penetra no solo, chega na rocha e represa. Isso vira lama. Todo esse bloco de solo, que estava em cima, perde o atrito e desliza. Despenca”, explica Tommaselli.


Segundo o pesquisador, mesmo que os morros estivessem preservados eles poderiam ter desabado. “Esse é o primeiro grande erro das pessoas. A área não estar impactada não significa que isso não vá acontecer. A natureza se movimenta o tempo todo”, diz ele.

“Tudo tem uma tendência a ir para o fundo do vale. Quem está morando ali tem que saber que está correndo perigo”, explica.

Outras cidades

Os dados do InMet também mostram grandes volumes de chuvas em outras cidades do país afetadas pelos alagamentos.

Presépio foi afetado pela enchente em São Luiz do Paraitinga; primeira missa após inundação foi realizada nesta quinta na cidade (Foto: Marcelo Mora/G1)

Em São Paulo, a chuva do dia 8 de dezembro causou muitos transtornos no trânsito e alagou bairros inteiros.

Segundo os dados meteorológicos, foram 97 mm de chuva. Mas a cidade já enfrentou precipitações mais intensas recentemente.

Em 8 de fevereiro de 2007, choveu 103,3 mm na capital paulista. Em 25 de maio de 2005, foram 140,4 mm – o recorde dos últimos 50 anos.


Já a cidade de São Luiz do Paraitinga (SP), que teve seu centro histórico destruído, foi vítima de uma sequência de chuvas, menos intensas que as de Angra e São Paulo, mas ainda assim bastante fortes.

Em 28 de dezembro, choveu 35,2 mm. No dia 29, foram 46,8mm e no dia 30, 31,4mm. No último dia do ano, foram 11 mm de chuva. Mas a trégua foi momentânea. No primeiro dia de 2010, choveu 56 mm na cidade.


A estação meteorológica da cidade foi instalada em novembro de 2007. De lá para cá, o recorde registrado foi de 66,4 mm em 21 de dezembro de 2008.

Rio quer muros para barrar expansão em Angra

06.01.10 às 16h33 > Atualizado em 06.01.10 às 17h19

Rio - A Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro planeja adotar em Angra dos Reis um projeto que causou polêmica na cidade do Rio: construir os chamados ecolimites nos morros da cidade. Segundo a secretária Marilene Ramos, não se sabe como eles serão demarcados, mas existe a possibilidade de se construírem muros para evitar a expansão de construções irregulares nos morros.

Fortes chuvas que atingiram o município na madrugada da última sexta-feira provocaram deslizamentos de terra em vários morros da cidade, causando mortes em dois deles. No Morro da Carioca, no centro de Angra dos Reis, pelo menos 21 pessoas morreram.

>> FOTOGALERIA: Vítimas da avalanche em Angra dos Reis são enterradas

A secretária contou que, quando trabalhava como consultora ambiental para a prefeitura do município, na década de 90, chegou a implantar um projeto de ecolimites com cercas. Nesta quarta-feira, depois de sobrevoar a cidade, ela disse que não há sinais das cercas implantadas no alto dos morros do centro.

"Na época em que trabalhei, fizemos uma primeira tentativa, com o projeto Cinturão Verde. Chegamos a construir uma grande extensão de cerca, a retirar algumas moradias de áreas mais altas. Mas hoje não consigo vislumbrar nem resquícios dessa cerca", disse. "Esse novo ecolimite pode ser uma cerca, mas pode ser também um muro, já que a gente viu que a cerca não deu certo."

>> FOTOGALERIA: Bombeiros trabalham no resgate das vítimas

No início de 2009, o governo do Estado informou que construiria muros em várias favelas do Rio de Janeiro, para evitar a expansão de construções irregulares nesse locais. O projeto recebeu críticas que diziam que o projeto segregaria as favelas do resto da cidade. Para o governo, os ecolimites impedem o desmatamento e a construção de casas em locais considerados de risco.

Angra terá sirenes em morros

A prefeitura de Angra dos Reis (RJ) vai instalar sirenes no alto dos morros da cidade para informar a população sobre o nível elevado de chuvas. Segundo o prefeito Tuca Jordão, serão colocados na parte superior das encostas pluviômetros eletrônicos (aparelhos que medem a quantidade de chuva) que estarão ligados a sirenes, para alertar a população quando o nível de chuvas atingir um ponto crítico.

>>> Confira lista das vítimas da tragédia em Angra dos Reis

"A um determinado nível pluviométrico, aciona-se a sirene, não para causar pânico, mas para as pessoas saberem: ''é um alerta, temos que sair da nossa residência''", explicou.

Corpos de duas turistas são liberados

Os corpos das duas últimas vítimas do grupo de pessoas de Arujá, em São Paulo, que estavam desaparecidos após a tragédia em Ilha Grande, foram liberados na manhã desta quarta-feira pelo Instituto Médico Legal (IML) do Rio. De acordo com parentes, Emanuela Rodrigues Netto (33 anos) e Fernanda Muraca (27 anos) serão sepultadas ainda nesta quarta em Arujá.

>> FOTOGALERIA: As vítimas da tragédia em Angra dos Reis

Até o momento, as autoridades contabilizam 31 mortos em Ilha Grande e outros 52 em todo o município de Angra dos Reis. O Corpo de Bombeiros ainda procura por Roseli Marcelino Pedroso, de 34 anos, que ainda não foi localizada no Bananal. Uma criança desapareceu no Morro da Coroa e também ainda não foi encontrada.

Uma madrugada, duas tragédias

Duas tragédias abalaram Angra dos Reis na madrugada do dia 1º de janeiro de 2010. Na Ilha Grande, a queda de uma barreira encobriu a pousada de luxo Sankay, lotada de turistas, e mais sete casas, duas alugadas por temporada, que ficavam na enseada do Bananal. Vizinhos escutaram um forte estrondo do alto do morro às 3h30. Foi quando chegou a notícia de que toneladas de lama, galhos e pedras haviam encoberto um terço da pousada e as casas no entorno. O impacto do desmoronamento levou corpos ao mar.

Vizinhos ajudaram a socorrer vítimas soterradas, mas não conseguiram salvar a mulher que, só com a cabeça acima da terra, gritava para que procurassem primeiro seu filho. No Centro de Angra, uma encosta cedeu e deslizou por cima de várias casas no Morro da Carioca. Segundo os moradores da região, os deslizamentos ocorreram entre 2h30 e 4h, quando muitos já estavam dormindo.

Cerca de 120 homens da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros se empenharam no trabalho de resgate dos corpos no Centro e na Ilha Grande. O governo do Estado pôs todos os helicópteros das polícias Militar e Civil, e do Corpo de Bombeiros para auxiliar no transporte de feridos e dos corpos. A Marinha do Brasil também está apoiando a Defesa Civil de Angra dos Reis com o transporte de pessoal e fornecimento de alimentos para as equipes. Na Ilha do Bananal, a Marinha também faz a interdição da área marítima.


Com informações do Terra.