domingo, 14 de junho de 2009

Hras ganha brinquedoteca móvel

Publicação: 09/06/2009 12:15 Atualização: 09/06/2009 13:19
Para aliviar o conforto das crianças que precisam ficar internadas, o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS) vai inaugurar nesta quarta-feira (10/6), a partir das 11h, o novo espaço de descontração da Unidade de Pediatria. Os pequeninos que não podem sair dos leitos agora contam com uma brinquedoteca móvel

Um carrinho foi especialmente desenvolvido para levar brinquedos e atividades escolares para as crianças. Além disso, haverá também novos móveis e equipamentos eletrônicos para atendê-los na área de isolamento.

Localizada na enfermaria, a brinquedoteca passou por uma pequena reforma e agora terá espaço fixo. Lá estão equipados armários modulares, mesas de atividades, computadores, aparelhos de som, televisão e DVD, além de diversos brinquedos, jogos eletrônicos, CDs e livros.

O Hras faz parte do Programa “Nossos Sonhos São Possíveis”, criado em 1999 pelo laboratório Sanofi-aventir Brasil. Este projeto tem como objetivo instalar brinquedotecas nas enfermarias de serviços pediátricos de hospitais públicos de referência.

Internauta registra lua cheia sobre o Lago Paranoá

Publicação: 09/06/2009 10:36 Atualização: 09/06/2009 11:01
Os brasilienses foram presenteados na noite desta segunda-feira (9/6) com um belo luar. O servidor público Rubens Bonfim registrou o momento e enviou a imagem ao Correiobraziliense.com.br para compartilhá-la com os demais leitores. Quem quiser apreciar a fase cheia da lua, que teve início às 18h12 de domingo, tem ainda até o próximo dia 14, quando ela dará lugar ao Quarto Minguante.

Rubens Bonfim
Lua cheia ilumina o céu de Brasília na noite de segunda-feira; fase segue até o próximo dia 14



Festa arrecadará dinheiro para ajudar no tratamento de estudante

Publicação: 09/06/2009 17:15 Atualização: 09/06/2009 18:34
Brasília terá mais uma oportunidade de ajudar a estudante Fernanda Fontenele, de 23 anos, na luta para voltar a andar. Na sexta-feira (19/6), quatro atrações musicais e dois djs vão comandar Project Walk – A Festa, totalmente beneficente.

Fernanda precisa de US$ 55 mil dólares para custear o tratamento de fisioterapia em San Diego, na Califórnia. Trata-se de um método único e inovador que pode recuperar definitivamente os movimentos das pernas. Até agora, ela já arrecadou R$ 41 mil.

As bandas Clima de Montanha, Coisa Nossa & Capital do Samba, Adriana Samartini & FuraOlho, a dupla Fábio & Fabrício e os DJs Kacá e Guga abriram mão do cachê e vão doar o dinheiro para o tratamento. Os ingressos custam R$ 15 e podem ser adquiridos no Quiosque da Brahma, no Píer 21 e Deck Norte, no SFBr Bar na 303 sul e na AABB.

História
No dia 25 de outubro de 2003 após comemorar o aniversário do irmão, Fernanda Fontenele voltava para casa. O namorado dela, condutor do carro, estava sob o efeito de álcool e perdeu o controle da direção. O carro desgovernou-se. Bateu em outro que vinha em direção oposta. Rodopiou várias vezes na pista. A batida foi toda do lado de Fernanda, que quase foi degolada pelo cinto de segurança.

O namorado bateu a cabeça. Os passageiros do outro carro sofreram luxações. A menina, consciente, foi levada ao Hospital Regional de Sobradinho. Fernanda foi submetida a um exame de raios X. Não sentia mais braços e pernas.

Ajude
Para colaborar de outras formas, pode entrar em contato no telefone 9202-7155 ou depositar qualquer quantia na seguinte conta:
Banco do Brasil
Conta: 27649-9
Agência: 3380-4

Jovens e crianças montam tapetes em clima de festa na Esplanada

Publicação: 11/06/2009 11:12 Atualização: 11/06/2009 12:06
Em clima festivo e alegre, cerca de 500 jovens participam, na manhã desta quinta-feira (11/6), dos preparativos para a procissão de Corpus Christi na Esplanada dos Ministérios. Enquanto alguns trabalham com serragem, areia, borra de café e sal gorsso coloridos, outros tocam violão para descontrair. A novidade este ano é que três dos 22 tapetes com desenhos religiosos serão feitos por crianças.

"A gente nem liga para o sol. Estamos aqui, tipo, ajudando Jesus", diz Carolina Bernardes, 10 anos, da paróquia do Setor de Mansões de Sobradinho. A animação não é exclusiva das crianças. "É muito legal estar aqui, porque existe uma integração com outros jovens e isso mostra a alegria da igreja", diz Nelcileide Santos, 21 anos, coordenadora do grupo de jovens do Lago Oeste.

Juntos, os 22 tapetes ocupam 110 metros no gramado da Esplanada com desenhos que fazem referência à Eucaristia, que, para os católicos é o corpo e sangue de Cristo. É sobre esses adornos que passará a procissão dos padres, comandada pelo arcebisto de Brasília, Dom João Braz de Aviz. Os cléricos sairão da Catedral Metropolitana em direção ao altar, montado em um grande palco na Esplanada dos Ministérios, onde será realizada a missa, prevista para às 17h.

Logo após a celebração, os padres farão outro cortejo no gramado em frente à catedral. Durante o percurso, o arcebispo dará três bênçãos: para os doentes, os governantes e às famílias.

Segundo o vigário-geral da Arquidiocese de Brasília, monsenhor Marcony Vinícios Ferreira, essa será a largada para o Ano Eucarístico, em preparação para o 16º Congresso Eucarístico Nacional. O evento será realizado entre os dias 13 e 16 de maio de 2010.

Alterações no trânsito
Quem pretende ir de carro para a Esplanada dos Ministérios deve ficar atento às modificações no trajeto. Segundo informações do Batalhão de Polícia de Trânsito, a partir das 13h, as três faixas da esquerda nos dois sentidos do Eixo Monumental serão interditadas para a passagem de veículos. Entre 16h45 e 18h, a interdição será total.

O metrô, das 12h às 21h, será gratuito. Quanto aos ônibus, o sistema seguirá a tabela de domingo e feriados. A Secretaria de Transportes informa que somente as linhas que operam na Rodoviária do Plano Piloto serão reforçadas. Haverá uma linha especial para atender idosos e deficientes. O trajeto percorrido pela linha 108.2 será da Rodoviária até a Catedral.

Correio Notícias: Distúrbios do sono provocam grande parte dos acidentes de trânsito


Publicação: 11/06/2009 17:00 Atualização: 12/06/2009 08:57

Oscar Niemeyer é internado com dores lombares no Rio, mas já está em casa



Publicação: 11/06/2009 17:08 Atualização: 11/06/2009 17:14

O arquiteto Oscar Niemeyer, de 101 anos, deu entrada no Hospital Cardiotrauma de Ipanema, na Zona Sul do Rio, por volta das 15h de hoje. Ele queixava-se de dores lombares, segundo informou a assessoria do hospital. Ele foi avaliado e passou por uma série de exames e foi liberado pelos médicos.

A assessoria de imprensa do arquiteto informou, há pouco, que ele já está em casa. De acordo com informações de seus familiares, Niemeyer sentiu dores na coluna nos últimos dias e foi convencido a ir ao hospital somente hoje

Casais que não podem passar juntos Dia dos Namorados driblam distância com criatividade

Publicação: 12/06/2009 08:20 Atualização: 12/06/2009 08:29
Para alguns, a data é apenas comercial. Mas também há quem acredite que o dia é uma oportunidade a mais para reafirmar o amor pelo companheiro. Com esse pensamento, milhares de casais do país inteiro trocam presentes, invadem restaurantes e formam filas em motéis. E o que fazer se a pessoa amada tem compromissos inadiáveis ou está a quilômetros de distância justamente no Dia dos Namorados? Acionar a criatividade, talvez. E, acima de tudo, uma dose extra de tolerância. O Correio conta hoje a história de dois casais que passarão a data separados e provam que, mesmo afastados fisicamente, é possível manter um relacionamento estável, maduro e cheio de paixão.

A consultora de Recursos Humanos Luiza Dayrell, 38 anos, e o namorado Paulo César, 37, não sabem o que é passar datas comemorativas juntos. Eles namoram há três anos e oito meses, mas tiveram que aprender a conviver separados por quase dois mil quilômetros. Luiza é brasiliense e mora no Lago Sul com a família. Paulo César é carioca, mas vive em Macapá (AP), na Região Norte do país. Os dois se conheceram em Brasília, quando ele, que é servidor público, fazia um curso na cidade. O casal logo se apaixonou, passou três meses juntos, mas precisou se distanciar quando Paulo César foi transferido.

Desde então, eles fazem um esforço concentrado para manter o amor vivo. Luiza e Paulo César emendam feriados e enfrentam voos de quatro horas para se encontrar pelo menos uma vez por mês. Em todo o tempo de namoro, ficaram, no máximo, dois meses sem se ver. As viagens, no entanto, nem sempre coincidem com as datas especiais. Por isso, eles nunca passaram um Dia dos Namorados ou um aniversário de namoro juntos. “Normalmente, consigo ir ao aniversário dele (em agosto) porque programo minhas férias. Como ele já está longe da família, faço questão de estar lá”, conta Luiza.

A comemoração do Dia dos Namorados foi antecipada este ano. Na semana passada, Paulo César ficou sete dias com a namorada em Brasília antes de embarcar para o Rio de Janeiro, onde está hoje. Na temporada em que ele esteve na capital, o casal saiu para jantar e ela aproveitou para presenteá-lo. Paulo César ainda faz mistério e Luiza espera a chegada do presente pelos Correios hoje.Aliás, essa é uma prática recorrente. Mesmo longe um do outro, eles não deixam de trocar presentes. “Teve um ano que ele estava em uma cidade onde nem pegava celular e deu um jeito de encomendar algo pela internet. Eu também mandei um presente, que chegou de barco dias depois com a caixa meio amassada”, lembra ela.

Enquanto aguarda a transferência de Paulo César para Brasília, Luiza mata as saudades do namorado como pode. Eles se falam todos os dias por telefone e, pelo menos uma vez por semana, combinam de se encontrar no skype para se ver. “O começo foi muito difícil, sentíamos muito a falta um do outro. Mas o pior já passou. Fizemos uma opção porque acreditamos no nosso namoro.” Além do computador, outro grande aliado é o programa de milhagem oferecido pelas companhias aéreas. Em julho, Luiza tira férias e embarca para Macapá a fim de visitar o amado.

De plantão
O que vai atrapalhar a comemoração de Adriana Augusto de Lima, 36 anos, e Júlio César Gomes de Lima, 38, é o trabalho. Ela é policial civil e vai estar de plantão na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) das 9h de hoje às 9h de amanhã. Ele é bombeiro, mas está cedido à Polícia Civil há oito anos e trabalha na Diretoria Penitenciária de Operações Especiais (DPOE). Apesar das mesmas profissões, o casal convive com uma diferença de horários: ela faz plantão e ele trabalha no expediente. Todos os dias, Júlio costuma chegar a casa ao anoitecer e é obrigado a dormir sem a mulher pelo menos duas vezes por semana, quando ela está escalada.

Adriana e Júlio César são casados há dois anos e nove meses. Antes de firmar o compromisso, eles namoraram dois anos e ficaram noivos por mais um. São quase seis anos de relacionamento e o casal comemora o Dia dos Namorados até hoje. Quando conseguem uma folguinha, eles fazem pequenas viagens e passam o fim de semana na Chapada dos Veadeiros, por exemplo. Além disso, ele não perdeu o hábito de criar surpresas, como mandar flores para a mulher. E ela ainda faz jantares especiais para o marido. “Acho importante manter a magia. Afinal, somos eternos namorados e é isso que mantém um casamento”, afirma a policial.

Adriana já trabalhou no Dia dos Namorados de anos anteriores. Apesar de habituada a essa rotina, ela confessa não ter gostado de saber que estava de plantão hoje. “Sou policial há 10 anos, estou acostumada a estar trabalhando quando todo mundo está em casa. Mas ainda fico meio chateada”, diz. Júlio César compreende. “Já trabalhei no plantão antes, sei como é. O bom é que, quando vamos comemorar, tudo está mais vazio”, pondera. Os dois já compraram os presentes e vão trocá-los amanhã, em jantar num restaurante. Hoje, Júlio César promete que vai ficar em casa esperando pela mulher. “Ando muito cansado e aproveito para descansar em cada folga.”

Estudo da UnB comprova a dificuldade em se locomover pela capital federal

Publicação: 13/06/2009 08:10 Atualização: 13/06/2009 08:11
A sensação de entrar em um labirinto e dirigir por uma distância maior que a necessária para chegar ao destino não é rara nas grandes cidades. O problema, no entanto, nem sempre está no senso de direção do motorista. Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) revela que a malha viária de muitas cidades dificulta a circulação e até contribui para que o morador e, principalmente o visitante, se perca com mais facilidade. Nem mesmo Brasília, nascida planejada e para servir de exemplo, escapa do caos provocado pelo desenho ruim e pela falta de ligação eficiente entre os seus núcleos urbanos. Resultado: a capital federal aparece em 19º lugar entre os municípios brasileiros — dos 44 pesquisados — com o pior índice de integração.

Quatro falhas na elaboração da malha viária tornam Brasília e 19 regiões administrativas — do total de 30 existentes — em um verdadeiro labirinto. Primeiro pela distância entre os núcleos urbanos. Os imensos espaços vazios entre eles agravam o problema. A falta de planejamento no desenho da malha viária e as poucas rotas de ligação entre uma cidade e outra completam a receita para dificultar a vida dos moradores.

Autor do estudo Urbis Brasiliae — ou Cidades Brasileiras —, o arquiteto Valério Augusto Soares de Medeiros explica que o desenho das ruas e avenidas e quantidade de ligações entre elas determinam a boa circulação dentro das cidades ou podem torná-la caótica. Assim como a quantidade de carros e o tempo semafórico do ponto de vista da engenharia de tráfego. Ele estudou o mapa cartográfico de 164 cidades no Brasil e no mundo e chegou à conclusão de que os núcleos urbanos brasileiros são campeões em complexidade, quando comparados, por exemplo, à Cidade do México, Hong Kong, Lisboa e Pequim.

O resultado impressionou o pesquisador. Valério Medeiros imaginava que os dados das cidades brasileiras não seriam os melhores, mas não imaginava que, fazendo as médias, elas ficariam na pior posição entre todas as analisadas. “Pior inclusive que as cidades do mundo árabe que, tradicionalmente, acreditamos que são labirintos urbanos. Mas o estudo comprovou que elas não têm estrutura tão labiríntica assim”, conclui.

Bicicleta
O arquiteto estudou ainda o mapa cartográfico das 19 regiões administrativas do DF que têm as poligonais definidas por lei — atualmente são 30, mas 11 delas não têm os limites de onde começa e termina a cidade fixados legalmente. E descobriu que São Sebastião, Planaltina e Paranoá são as cidades com o pior índice de integração. Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Riacho Fundo apresentam os melhores índices. O Plano Piloto ocupa a 6ª colocação entre as regiões com características que facilitam a circulação.

Morador de São Sebastião, a cidade com o pior índice de integração do DF, o pedreiro João Batista, 19 anos, sequer faz ideia das teorias sobre o que facilita a circulação nos núcleos urbanos. Mas sente diariamente as consequências da falta de planejamento. Ele trabalha no condomínio Ville de Montagne, no Lago Sul, distante 16km da cidade onde vive. Sai de casa pouco antes das 6h para pegar o ônibus. “Se eu perder o das 6h, chego muito atrasado no trabalho”, conta. Muitas vezes, Batista prefere ir de bicicleta. “É longe, mas eu prefiro. Quando vou de bicicleta, chego mais rápido e não enfrento trânsito”, afirma.

O estudo do arquiteto revela que, no DF, os eixos mais integrados são aqueles correspondentes à área de influência da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), que efetivamente faz a conexão entre várias das cidade do DF nos sentidos sul e norte. É graças a isso que o Núcleo Bandeirante e a Candangolândia obtiveram as médias mais altas (veja arte acima). A Estrada Parque Taguatinga (EPTG) e a Estrutural são outros dois eixos classificados como bastante integrados pelo pesquisador. Juntos eles ajudam a dar vazão à demanda por circulação das cidades mais populosas do DF: Taguatinga, Ceilândia e Samambaia.

Isolamento
Na contramão da facilidade de circulação, estão populações economicamente opostas. De um lado moradores de São Sebastião, Planaltina, Paranoá e Brazlândia, cidades com os piores índices. De outro, populações de regiões nobres, como Lago Norte e Lago Sul, que também aparecem com índices baixos de integração. Mas nesses casos, segundo Valério Medeiros, a segregação é voluntária. “As pessoas de poder aquisitivo mais alto preferem o isolamento no espaço urbano. Simultaneamente, é uma estratégia de proteção e privacidade, além de negação da própria cidade”, explica o arquiteto.

Morador de Sobradinho, o taxista Pedro Gomes Cruz, 43 anos, sofre com outro problema da falta de planejamento da malha viária do DF: a falta de opções de rotas. A BR-020 é a única opção para ele chegar ao Plano Piloto. “Se tiver uma batida, não há para onde fugir. É desligar o carro e esperar porque vai demorar”, diz. O fluxo de veículos é intenso nos horários considerados de pico, entre as 7h e as 9h e das 18h às 20h. “Costumo sair de casa às 7h10 e enfrento engarrafamento todos os dias. Só consigo chegar ao trabalho depois das 8h”, reclama.

CONFIRA O ESTUDO
O que se observa em Brasília repete-se em outras capitais. Na análise cartográfica de 21 capitais — entre as 44 cidades estudadas — Brasília aparece em 7º lugar entre as mais acessíveis. Fica atrás de Fortaleza e Palmas, que é outra capital planejada. “As cidades foram crescendo a partir de acréscimo de bairros sem relação com as cidades precedentes. Não houve conexão entre os vários bairros nem entre eles com o centro”, explica Valério Medeiros.

Entre as 44 cidades estudadas, Uberlândia (MG), distante 430km de Brasília, é o melhor exemplo de núcleo urbano que se desenvolveu e consegue garantir a boa circulação. “Lá, as ruas são paralelas ou perpendiculares entre si. E existem grandes eixos que fazem a conexão entre os bairros. Esses dois fatores tendem a facilitar o movimento porque geram uma grande quantidade de rotas”, exemplifica.

Subsecretária de Planejamento Urbano da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (Seduma), Rejane Jung reconhece e concorda com as dificuldades de circulação apontadas na pesquisa. “O sistema viário do DF é muito truncado, interrompido. Isso na prática é ruim para todo mundo, pedestre e motorista. Os espaços sem urbanização dificultam a sociabilidade”, reforça. Para Rejane Jung, o Lago Sul é uma região administrativa com sistema viário que dificulta a circulação. “Você tem uma via principal e um monte de ruazinha sem saída. Não se consegue andar de um conjunto para outro nem de carro nem a pé”, cita.

Rejane não fixa um prazo, mas assegura que parte dos problemas apontados pela pesquisa serão resolvidos. As propostas estão no Plano Diretor aprovado recentemente. “Vamos promover a costura (ligação) entre a região do Colorado e a de Sobradinho, por exemplo. Já demos início às obras da via que vai ligar Recanto das Emas, Samambaia e Ceilândia. Tem projeto para a construção de uma pista que vai ligar Arniqueiras, Águas Claras e Vicente Pires”, completa.

Pelo menos 64 mil motoristas devem cruzar hoje a Ponte Rio-Niterói

Publicação: 13/06/2009 11:29 Atualização: 13/06/2009 11:29
Apesar da intensa movimentação de veículos nas estradas federais de acesso à cidade do Rio de Janeiro neste feriado de Corpus Christi, a Polícia Rodoviária Federal considera a situação do trânsito tranquila na manhã de hoje (13). A previsão da concessionária que administra a Ponte Rio-Niterói é de que cerca de 64 mil motoristas cruzem a Baía de Guanabara em direção a Niterói e aos municípios da Região dos Lagos durante todo o dia.

Durante todo o feriado, cerca de 345 mil veículos terão deixado a capital em direção à Região dos Lagos. No domingo, a expectativa é de que 80 mil veículos passem pela ponte, em direção ao Rio, na volta para casa.

Por conta do excesso de veículos, acidentes já ocasionaram a morte de pelo menos duas pessoas, deixando outras três feridas em estado grave, todas na Niterói – Manilha, no trecho sul da BR-101 – que liga a capital ao município de campos, no Norte Fluminense.

Na manhã de ontem (12), um caminhão atropelou um cavalo na pista sentido Norte, também na Niterói – Manilha, matando o ajudante Kleber Davi Pereira, de 27 anos, e deixando gravemente ferido o motorista Daniel Conceição de Jesus, de 46. Na quinta-feira (11), um dos dias de maior movimento, uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas com gravidade, em conseqüência de um acidente envolvendo um caminhão e um veículo Gol, próximo o São Gonçalo.

Em várias rodovias federais há trechos em obra, o que dificulta o trafego de veículo e exige atenção redobrada do motorista. Este é o caso, por exemplo, da parte sul da BR-101, mais conhecida como Rio – Santos, onde vários trechos têm que ser feito em apenas meia pista. Na rodovia, o trânsito é intenso, com retenções, principalmente até Angra dos Reis.

A Polícia Rodoviária Federal informa que as saídas tanto para a Região Serrana, como para o Litoral Sul Fluminense e para a Região dos Lagos, estão, no entanto, em boas condições.

Wilson Diniz: Slogans de governos

13.06.09 às 01h06

Professor e economista

Rio - Programas de campanhas políticas com frases de efeitos que marquem o estilo do candidato e que sensibilizem o eleitor são a base de sucesso do governante ao assumir o governo. Slogans bem-sucedidos de alguns candidatos, que se elegeram ao longo da história da política brasileira, não significaram que o governante colocou em prática suas promessas de campanha e teve altos índices de aceitação popular. Jânio Quadros renunciou. Fernando Collor foi deposto.

Vários slogans de governantes, nos últimos 60 anos da política brasileira, ficaram na memória do eleitorado. Getúlio Vargas fez sua campanha com o tema “O petróleo é nosso”. Ele criou a Petrobras e fez um governo nacionalista de cunho populista.

Juscelino Kubitschek foi “50 anos em 5”. Prometeu construir Brasília e estabeleceu o Programa de Metas na linha desenvolvimentista.

Jânio Quadros foi eleito com a promessa de varrer a corrupção herdada do governo de JK. O alerta era “Jânio vem aí”.

O presidente de maior aceitação popular da história do País, Luiz Inácio Lula da Silva, começou seu governo com música e tema: “Deixa o homem trabalhar”. Todos esses slogans ficaram no subconsciente do eleitor.

No Rio, o governador Sérgio Cabral, eleito pelo PMDB com o apoio de um conjunto de forças de vários partidos, prometeu governar em parceria com o presidente Lula e com o novo prefeito que fosse eleito. Cumpre.

Suas promessas de recuperação do equilíbrio fiscal com Joaquim Levy, na Fazenda, e o caso da Cedae são inéditos, mas falta uma frase de efeito forte que simbolize todas as ações do governo.

13.06.09 às 01h06

Carlos Lessa: Os pactos sociais

Professor e economista

Rio - Até a 1988, a polícia podia deter um cidadão por 24 horas, sob alegação de “vadiagem”. Esse conceito veio praticamente da Idade Média, baseado na ideia de que todos devem trabalhar para se sustentar, quem não trabalhar é infrator e a polícia tem direito de deter por 24 horas para averiguar sobretudo a origem da sua renda.

O delito da contravenção por vadiagem atingia cidadãos com vínculos informais de trabalho. Trabalhadores com vínculo por escrito num documento o portavam porque, se a polícia os detivesse, ao exibir a caderneta de trabalho, provavam que não eram vadios.

Mas, com o tempo e o suor, o frágil documento se desfazia, deixando o cidadão à mercê da sorte em relação à polícia e, sem ter como provar o tempo trabalhado, entregue ao azar em relação à aposentadoria.

Não ter atividade fixa ou formal é a realidade de grande parte dos brasileiros. Pela Constituição de 1988, o orçamento de Seguridade Social seria peça contábil única que agregaria a Previdência, a Saúde e a Assistência Social.

Ao contrário do orçamento fiscal, no qual é a avaliação da receita que define o tamanho do gasto, o da Seguridade Social sustenta o pacto que fizemos para garantir a todos o direito a aposentadoria digna e assegurar que saúde é direito do cidadão e dever do Estado.

A Seguridade reflete o pacto do corpo social para amparar deficientes e fragilizados, no limite da tecnologia e dos recursos disponíveis. Não é uma regra caritativa. É uma regra de seguridade na qual uns pactuam em relação aos outros para garantir direitos sociais fundamentais. Estabelecemos os princípios, mas temos muito ainda a avançar nas práticas.

13.06.09 às 01h07

Click do Leitor: Leitor pede atenção a Vargem Grande
Foto: Leitor Gustavo Salgueiro

Rio - Vargem Grande é um bairro bucólico, mas isso não significa que seus moradores abram mão de serviços públicos. “Temos que viver fazendo gambiarra e nos unir na compra de aterro para tapar buraco de rua”, protesta o leitor Gustavo Salgueiro. Ele pede atenção urgente da prefeitura ao bairro.

Parte do DF não sabe o que é a tevê digital

Publicação: 14/06/2009 08:56 Atualização: 14/06/2009 09:03
A TV digital estreou em Brasília há um mês, mas nem todo o Distrito Federal está tendo acesso à nova tecnologia. Como a torre definitiva só vai ficar pronta no ano que vem, as emissoras tiveram que instalar os equipamentos provisoriamente para não deixar a cidade excluída da novidade, que chegará a todas as capitais até o fim do ano, segundo o Ministério das Comunicações. Mas o sinal não abrange todo o DF. Uma das explicações é que não compensa fazer grandes investimentos em uma base temporária. Em 2010, quando a estrutura que abrigará todas as emissoras estiver concluída, aí sim todo o DF estará incluído.

Por enquanto, a TV Globo é a única emissora privada que iniciou as transmissões usando a tecnologia. O sinal está no ar desde 22 de abril, chegando ao Plano Piloto, parte de Taguatinga, Guará, Cruzeiro e Sudoeste. Esse é o caminho percorrido pelas ondas que saem da torre instalada no Grande Colorado até o Plano. A região alcançada pela onda é a prioridade para a recepção do sinal no primeiro momento. A Record pretende estrear até o fim do semestre o sinal digital, que deve atingir parte de Águas Claras, Sudoeste e, talvez, Taguatinga, segundo o gerente-técnico da rede, Silas Adauto.

“Mesmo sendo provisório, queremos fazer algo um pouco melhor. A diferença é que determinados telespectadores que estão mais próximos (às antenas de transmissão) vão ter facilidade para captar o sinal até com antena interna”, explica. “A TV digital é um processo. Estamos apenas na primeira etapa. A gente começou com a implantação dos sites principais, mas quando estivermos com a TV digital completa, teremos um alcance bem maior do que temos hoje”, pondera.

Segundo o gerente-técnico do SBT, Fernando Matos, como as transmissões estão ocorrendo em caráter provisório, há limitação em relação à antena. “A cobertura está prevendo o Plano Piloto. Quando entrar a torre nova, alta, e com 100% de potência, vamos contemplar todas as encostas de Taguatinga, parte baixa da Ceilândia e todo o DF”, afirma. A emissora pretende iniciar as atividades em sinal digital no fim do primeiro semestre ou até agosto, no máximo.

Eduardo Tude, presidente da Teleco, consultoria especializada em telecomunicações, chama a atenção para alguns cuidados que o consumidor deve ter na hora de comprar os conversores necessários para que um televisor comum possa captar o sinal digital. “O aparelho tem de ser adequado ao padrão brasileiro. A pessoa tem que ter certeza que vai funcionar aqui”, alerta. Por isso, a dica é optar sempre por lojas e sites conhecidos. “É preciso ter a garantia de que o consumidor pode devolver o conversor se ele não funcionar”, observa.

Para algumas emissoras, porém, os testes dos equipamentos determinarão as regiões fora do Plano Piloto onde será possível assistir à TV digital. “Temos que fazer os testes. Eles é que vão mostrar a necessidade de instalar repetidores em áreas onde o sinal não chega”, explica o gerente-técnico operacional da Rede Bandeirantes em Brasília, Alexandre Vila. Ele acredita que as áreas cobertas pela Band serão as mesmas da Globo. Vila ressalta que os contêineres já estão instalados no Colorado e as antenas e as linhas de transmissão ficarão prontas nos próximos 10 dias. Só vai ficar faltando o transmissor, cuja instalação depende do aval da matriz da emissora, em São Paulo.

O analista de sistemas Rodrigo Silveira Rocha Fraga ficou decepcionado ao saber que, por enquanto, não poderá ter acesso à nova tecnologia em Vicente Pires. Mesmo assim, ele quer comprar logo o conversor. “No dia que estreou, fui correndo para a loja. Só não comprei porque o modelo que eu queria, e que estava com preço bom, tinha acabado”, diz. Recentemente, ele adquiriu uma tevê de LCD, já pensando em desfrutar da boa imagem que o sinal digital proporcionará. “Tinha a opção de comprar a tevê já com o conversor embutido, mas vi que não valia a pena, pois o equipamento não oferecia diversos recursos que estão disponíveis nas opções que estão no mercado”, comenta.

Dependência de outro estado
Os consumidores brasilienses não são os únicos a terem dúvidas sobre o alcance da TV digital, quando o sistema for totalmente implantado na região. Os fanáticos por televisão que moram no Entorno do Distrito Federal também não sabem se terão acesso à nova tecnologia. Segundo o Ministério das Comunicações, o sinal para as cidades em volta do DF terá que vir de Goiás.

Fernando Matos, gerente-técnico do SBT, acredita, porém, que a transmissão feita a partir de Brasília pode chegar, esporadicamente, até Águas Lindas e algumas áreas do interior goiano. O gerente-técnico da TV Brasília, Luciano de Melo, acrescenta que a definição do alcance do sinal depende de testes práticos. “O resultado é empírico, com softwares de simulação. No Plano Piloto, é líquido e certo que vai haver TV digital, mas em outros locais só os testes vão dizer”, observa. A previsão é de que a TV Brasília lance o novo sinal no segundo semestre.

Já Luziânia, Cidade Ocidental e Valparaíso terão mesmo que receber o sinal vindo de Goiânia. “Será preciso instalar repetidores (de sinal), mas os moradores terão que aguardar”, explica Fernando Matos. A orientação é que, antes de comprar os equipamentos, o consumidor certifique com as emissoras se a sua área será abrangida pelas ondas. A TV digital será implantada no país de forma gradativa. A transmissão analógica continuará ocorrendo, simultaneamente à digital, por um período de 10 anos até 29 de junho de 2016. (KM)

Torre estará pronta em 10 meses
A torre de TV digital do Distrito Federal ficará pronta em 10 meses. Depois de tantas idas e vindas, que chegaram até a suspender os investimentos previstos para a construção do empreendimento em março, por causa da crise, o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, garantiu que o monumento estará concluído e será inaugurado em 21 de abril de 2010, na comemoração dos 50 anos de Brasília. Segundo o secretário de Obras, Márcio Machado, não há mais nenhuma amarra que impeça a construção da torre e os serviços devem começar rapidamente. “A licença ambiental já foi aprovada e as obras terão início muito em breve”, afirma.

Os R$ 64 milhões que serão investidos na obra virão da Terracap, a partir de recursos oriundos de vendas de terrenos. Antes, o aporte para o empreendimento estava atrelado à Fonte 100, do Tesouro do GDF, que depende de arrecadação de impostos. “Agora, é acelerar o processo porque o prazo é apertado”, reconhece Machado.

Segundo Silvestre Gorgulho, secretário de Cultura, o terreno já está sendo limpo. “A torre de TV será o grande marco do cinquentenário de Brasília. Estive com o Niemeyer recentemente e ele me disse que, quando a torre estiver de pé, virá aqui para ver”, conta. A empresa Mendes Júnior foi a vencedora do processo de licitação. A área onde será construída a torre definitiva tem 6 mil metros quadrados. Desenhada por Oscar Niemeyer, a torre da TV digital do DF terá 120 metros de altura.

Mas os brasilienses quase ficaram excluídos da TV digital este ano. Depois que a inauguração da torre definitiva foi adiada para 2010, as emissoras haviam anunciado a construção de uma torre provisória em conjunto para garantir o lançamento das transmissões da TV digital em 21 de abril, no aniversário de 49 anos da cidade, mas a crise acabou cancelando os planos. Foi feita, então, uma solução provisória. A Globo iniciou a transmissão em sinal digital em 22 de abril, a partir da torre da CEB, que também será usada pela Bandeirantes. A TV Brasília usará a torre da TV Câmara. SBT e Record, por sua vez, também são canais adjacentes, mas serão instalados na torre atual de TV. (KM)

Monumentos brasileiros disputam título de 7 maravilhas portuguesas

Publicação: 31/05/2009 17:07 Atualização: 31/05/2009 17:14
Duas belezas arquitetônicas de Pernambuco estão a alguns "cliques" de entrarem para o grupo das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo.

O Convento de Santo Antônio e Ordem Terceira de São Francisco, no Recife, e o Mosteiro de São Bento, em Olinda, estão entre as 27 igrejas e fortificações, distribuídas em países da América do Sul, África e Ásia, edificadas pelos portugueses e selecionadas para participarem do concurso.

A votação está sendo feita pela internet no endereço www.7maravilhas.sapo.pt até o dia 7 de junho. O resultado será divulgado no dia 10, numa cerimônia em Portugal. Para serem eleitas, as obras pernambucanas precisam vencer, primeiro, a concorrência interna. Outros cinco monumentos brasileiros também estão na disputa: o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos e a Igreja de São Francisco de Assis da Penitência, em Minas Gerais; o Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro; a Fortaleza do Príncipe da Beira, em Rondônia; e o Convento de São Francisco e Ordem Terceira, na Bahia.

O regulamento do concurso só permite que sejam eleitos até dois monumentos por país. A vantagem de entrar para o seleto grupo dos mais representativos monumentos de origem portuguesa está na possibilidade de atrair ainda mais turistas."Essa campanha promove uma maior integração entre os países de língua portuguesa e estimula a vinda do turista que gosta de arte", ressalta o presidente da Empetur, José Ricardo Diniz.

Os dois monumentos são paradas obrigatórias do turista que visita as cidades- irmãs. O Convento de Santo Antônio e a Ordem Terceira de São Francisco estão na Rua do Imperador, no Centro do Recife. Construídos no século XVII, representam um dos maiores símbolos da arte sacra barroca. Já o Mosteiro de São Bento, no Sítio Histórico de Olinda, é destaque na arquitetura da cidade há mais de 400 anos.

Padre defende inclusão social nas políticas de segurança pública

Publicação: 31/05/2009 18:20 Atualização: 31/05/2009 18:20
A política para a segurança pública deve levar em conta a inclusão social, além do policiamento e a repressão ao crime. Essa é a posição que o representante da sociedade civil da cidade de São Paulo, padre Gunther Zgubic, pretende levar para a 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública (Conseg), em Brasília, de 27 a 30 de agosto.

Segundo Zgubic, quando um grupo é muito brutalizado, perde os vínculos sociais e comunitários. Por isso, ele ressalta a importância de se trabalhar junto aos segmentos mais vulneráveis como modo de prevenir a violência.

Na avaliação de Zgubic, a mobilização iniciada pelas diversas organizações e redes sociais na Conferência Municipal de Segurança Publica deve continuar e ser uma força de integração para um trabalho conjunto em prol da inclusão social.

A Conferência Municipal de Segurança Publica de São Paulo aconteceu ontem (30) e hoje (31), reunindo cerca de 400 pessoasda sociedade civil, acadêmicos e trabalhadores do sistema de segurança.

Foram definidos sete princípios e 21 diretrizes para serem apresentados em agosto, na conferência nacional.

O objetivo da Conseg é estabelecer os rumos da política nacional de segurança pública com base na participação popular.

Projeto de ruralistas retira direitos da União

Publicação: 31/05/2009 20:00 Atualização: 31/05/2009 20:00
Brasília - Um projeto elaborado pela bancada ruralista no Congresso promete atear fogo aos debates sobre agronegócio, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. A proposta, que será apresentada nesta semana pelo deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), consolida o atual Código Florestal e as leis ambientais em um único Código Ambiental. O ponto mais polêmico é a transferência a Estados e municípios da prerrogativa de fixar, por exemplo, o tamanho das áreas de proteção permanente nas margens dos rios e córregos, o que hoje é atribuição da União.

A proposta revoga o Código Florestal (Lei 4.711/65, reformado pela MP 2.166/96), a política nacional do meio ambiente (Lei 6.938/98), a Lei de Crimes Ambientais (9.605/98), as normas sobre poluição ambiental (Decreto-lei 1.413/75), as regras sobre o zoneamento ecológico-econômico (Decreto 4.297/02) e parte da Lei 9.985/2000 - a que confere ao poder público o direito de criar unidades de conservação.

"O Brasil não tem um Código Ambiental e sim um amontoado de leis. Queremos fazer um código que crie as diretrizes gerais e, em obediência ao artigo 24 da Constituição, faça com que União, Estados e municípios legislem sobre o meio ambiente", defende Colatto.

Se a proposta passar, a constitucionalidade do Código Ambiental de Santa Catarina não poderá mais ser questionada. O Estado decidiu recentemente que a mata ciliar nas propriedades abaixo de 50 hectares pode ter até cinco metros. O Código Florestal exige 30 metros.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, prometeu reagir, mobilizando parlamentares e ONGs para impedir que a legislação mude. Segundo Minc, da proposta encabeçada por Colatto, só cerca de 30% dos dispositivos são aproveitáveis. "É preciso ter muito cuidado, porque se esse projeto for aprovado, daqui a pouco não vamos ter mais nada da Amazônia", alerta.

Colatto responde que os ruralistas não querem mais nenhum metro de área desmatada, apenas regularizar "situações seculares". Para ele, se itens da legislação atual forem aplicados, "todo mundo ficará na clandestinidade". Hoje o plantio em áreas de encostas e morros, prática fundamental para as lavouras de café, maçã, uva e mate, segundo os produtores, é proibida.

Pela proposta dos ruralistas, as áreas de preservação permanente, nas beiras de rios, deverão ser usadas para o cálculo das reservas legais. Estas não precisarão mais fazer parte da propriedade e sim de um conjunto que poderá ficar distante, desde que na mesma bacia hidrográfica.

SEM PORCENTUAIS - Hoje o Código Florestal exige que na Amazônia Legal as reservas sejam de 80% do tamanho da propriedade; de cerrado na Amazônia, 35%; e 20% nos demais biomas, como cerrado fora da Amazônia, pampa, caatinga e Pantanal.

A bancada ruralista não estabelece porcentuais. Quer que os Estados e os municípios o façam depois dos zoneamentos ecológico-econômicos.

O Código Florestal aceita que as áreas de reserva legal sejam de até 50% do tamanho da propriedade na Amazônia, desde que feito o zoneamento. Hoje, só os Estados do Acre e Rondônia o têm. O Pará está fazendo o zoneamento por áreas.

Hoje, áreas de conservação podem ser criadas por decreto do presidente da República. O projeto dos ruralistas revoga essa prerrogativa. Diz que o Congresso, as Assembleias Legislativas e as Câmaras Municipais terão de aprovar as novas unidades de conservação.

Relatório da ONU mostra violência no Brasil

Publicação: 02/06/2009 08:31 Atualização: 02/06/2009 08:33
Genebra (Suíça) — A ONU alerta que parte da polícia no Brasil se aliou ao crime organizado, é corrupta e os abusos cometidos não são punidos. Amanhã, em Genebra, a entidade vai apresentar um relatório preparado sobre a situação dos assassinatos sumários no país. O Brasil terá direito a resposta.

A avaliação é o resultado da visita do relator da ONU contra execuções sumárias, Philip Alston, ao Brasil, ainda em 2007. O documento foi finalizado no segundo semestre de 2008, mas só agora será colocado em debate. “O Brasil tem um dos mais elevados índices de homicídios do mundo, com mais de 48 mil pessoas mortas a cada ano”, alerta o documento.

De acordo com o relatório, o homicídio é a principal causa de morte entre jovens de 15 a 44 anos. Segundo a ONU, a taxa triplicou em 20 anos, atingindo 30,4 pessoas para cada 100 mil em 2002. Em 2006, a taxa caiu para 25. Mesmo assim, ainda é três vezes maior que a média mundial.

A constatação é de que as políticas de segurança não estão dando resultados. Para piorar, Alston constata que a política está intimamente envolvida com o crime e que conta com um esquema de proteção para evitar as investigações pelos assassinatos. Outra conclusão do documento é alarmante: viver sob a ação das milícias formadas por policiais é tão perigoso quanto viver diante do crime organizado nos locais mais violentos do país.

Alston admite que o crime organizado “controla comunidades inteiras” no Brasil, impõe sua própria lei em cidades como São Paulo, Rio e Recife. O problema, avalia o relator, é que a resposta do Estado é equivocada e a população, cada vez mais intimidada pela violência, começa a aceitar execuções. “As execuções extrajudiciais e a Justiça dos vigilantes contam com o apoio de uma parte significativa da população, que teme as elevadas taxas de criminalidade e percebe que o sistema da Justiça criminal é demasiado lento ao processar os criminosos”, aponta o documento.

Segundo a ONU, policiais em serviço são responsáveis por uma proporção significativa de todas as mortes no Brasil. Enquanto a taxa de homicídios oficial de São Paulo diminuiu nos últimos anos, o número de mortos pela polícia aumentou nos últimos três anos, sendo que, em 2007, os policiais em serviço mataram uma pessoa por dia. “No Rio de Janeiro, os policiais em serviço são responsáveis por quase 18% do número total de mortes, matando três pessoas a cada dia”, alertou.

Alston destaca, ainda, que policiais recebem baixos salários. O relatório aponta que muitos deles estão envolvidos com corrupção e extorsão, o que seria tolerado pelo alto escalão. O relator deixa claro que a classe política, em busca de votos, também adota uma postura dúbia. “Muitos políticos, ávidos por agradar um eleitorado amedrontado, falham ao demonstrar a vontade política necessária para refrear as execuções praticadas pela polícia”, disse em seu relatório.

Inpe registra 197 km² de desmatamento na Amazônia em três meses

Publicação: 02/06/2009 10:04 Atualização: 02/06/2009 10:05
O desmatamento na Amazônia entre fevereiro e abril derrubou pelo menos 197 quilômetros quadrados (km²) de florestas, de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado hoje (2) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No entanto, por causa da alta cobertura de nuvens na região no período, o instituto reconhece que a representatividade da análise é reduzida, ou seja, a devastação pode ter sido muito maior.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, quando o Inpe registrou 1.992 km² de desmatamento, houve queda de 90%. De acordo com o instituto, por causa das nuvens, os satélites só conseguiram observar cerca de 20% da Amazônia entre fevereiro e abril deste ano.

O baixo índice de áreas de alerta detectadas deve-se pouca oportunidade de observação devido presença de uma extensa cobertura de nuvens sobre a região durante o trimestre, chegando a cobrir mais 88% da região no mês de março, ressalta o relatório.

A maior parte do desmatamento 143 km² foi verificada em fevereiro, quando a cobertura de nuvens era de 80%. Em março, os satélites registraram 17,5 km² e em abril, 36,8 km² de novas áreas devastadas.

Os 197 km² de desmate foram registrados em Mato Grosso, Rondônia Roraima e do Pará. De acordo com o Inpe, os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Tocantins e Maranhão não foram monitorados devido alta proporção de cobertura de nuvens no trimestre.

Mato Grosso foi responsável por mais de 56% do desmatamento no período, com 111,8 km² de floresta a menos no estado em três meses. O Pará vem em seguida, com cerca de 25% 50,9 km². Roraima aparece em terceiro, com 20,9 km² de desmate 10,6% do total registrado no trimestre.

O Deter mapeia corte raso (derrubada total) e áreas em processo de desmatamento, a chamada degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais.

Como os meses analisados fazem parte do período chuvoso da região, o Inpe reuniu os dados em uma base trimestral para assegurar melhor amostragem e representatividade espacial das análises. A partir da análise do mês de maio, a divulgação dos alertas voltará a ser feita mensalmente.

Ipea divulga estudo sobre violência no Rio

Publicação: 03/06/2009 08:48 Atualização: 03/06/2009 08:49
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) apresenta nesta quarta-feira (3/6) os resultados de um trabalho que identificou as mortes por homicídio por local de residência e ocorrência no Rio. Os dados vão ser divulgados durante o seminário Áreas de Concentração de Violência no Município.

O trabalho inclui o videodocumentário Território e Violência, realizado pelas pesquisadoras do Ipea Rute Imanishi Rodrigues e Patrícia Rivero.

O seminário tem a participação dos pesquisadores Luiz Antônio Machado da Silva, do Instituto Universitário de Pesquisas do Rio (Iuperj), Ana Paula Miranda, da Universidade Federal Fluminense (UFF), e Fernando Cavallieri, do Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), vinculado prefeitura da capital.

O estudo do Ipea mostra em que regiões da cidade é preciso atuar para resolver a questão da violência e quais seriam as políticas públicas mais adequadas.

Governo planeja estatal para trem-bala Rio-SP

Publicação: 03/06/2009 11:40 Atualização: 03/06/2009 11:46
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse hoje, ao divulgar o sétimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que o governo estuda criar uma empresa estatal para administrar a implementação do trem-bala que fará o percurso Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. A empresa se chamaria Empresa de Pesquisas Ferroviárias (EPF).

A companhia funcionaria, segundo a ministra, como agente público gestor e coordenador do processo de transferência de tecnologia ferroviária. Dilma confirmou que o leilão do trem de alta velocidade está previsto para o segundo semestre deste ano. As propostas de traçado e localização das estações ferroviárias, segundo o documento do PAC, foram concluídas no fim de maio, assim como a modelagem ambiental.

Rio lança plano para combater violência sexual contra crianças e adolescentes

Publicação: 03/06/2009 15:27 Atualização: 03/06/2009 15:27
A Secretaria de Assistência Social do Rio de Janeiro lançou nesta quarta-feira (3/6) o Plano Municipal de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes. As ações foram elaborado em parceria com órgãos dos governos estadual e federal, a partir do diagnóstico de casos.

De acordo com o secretário de Assistência Social, Fernando William, com o plano, haverá um maior esforço para identificar quem comete esse tipo de crime.

Ele informou que um levantamento mostra que, na cidade do Rio, 90% das crianças e adolescentes que estão nas ruas, em situação de vulnerabilidade, consomem crack. Por isso, a secretaria quer aumentar o número de abrigos na cidade.

“Nós temos ampliado o número de equipes para fazer a abordagem e acolhimento de meninas e meninos em situação de abuso ou uso, por exemplo, do crack. Precisamos aumentar a rede de retaguarda com mais serviços de combate ao abuso e exploração Sexual. E ampliar o número de unidades que façam o atendimento e o tratamento dessa criança, até que a gente possa colocá-la, por exemplo, sob proteção da família biológica ou de uma família alternativa”, disse.

A cerimônia de apresentação do plano reuniu pelo menos 300 pessoas na Fundação Escola da Defensoria Pública, no centro do Rio, entre elas estudantes e representantes da sociedade civil. No mesmo evento, foi realizado o Primeiro Fórum do Programa de Ações Integradas, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, do governo federal.

Trem de alta velocidade deve ficar pronto para Copa de 2014, diz ministra


Publicação: 03/06/2009 15:28 Atualização: 03/06/2009 15:28
O trem-bala que ligará as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo deve ficar pronto para a Copa de 2014. A informação é da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que apresentou hoje (3) o sétimo balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

“Nossa ideia é que o trem de alta velocidade fique integralmente pronto em 2014, ou pelo menos a ligação entre o Rio de Janeiro e São Paulo. Isso é uma questão importante porque esse meio de transporte vai ser extremamente facilitador numa região que é muito importante na movimentação da Copa”, disse.

Dilma explicou que o governo não está apresentando o projeto fechado para o investidor para que este tenha mobilidade na construção do empreendimento. “Não estamos apresentando o pacote fechado para o investidor. Vamos deixar que ele busque a melhor solução, a mais eficiente, mais rápida, mais de acordo com a tecnologia que ganhar.”

A ministra informou ainda que a construção e reforma de estádios para a Copa de 2014 não será de responsabilidade do governo. Segundo ela, o pactuado com a Federação Internacional de Futebol (Fifa) é que essas obras sejam executadas com recursos privados, cabendo ao governo a avaliação de mobilidade urbana e de aeroportos. “Até para deixar um legado da Copa”, disse Dilma.

Que Vergonha!!!!

Professora pernambucana é presa no aeroporto tentando embarcar com cocaína para a Alemanha

Publicação: 04/06/2009 10:37 Atualização: 04/06/2009 10:48
A professora pernambucana Luciana Pinheiro Lins de Lima, de 34 anos, residente no bairro de Candeias, Jaboatão dos Guararapes, foi presa pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional dos Guararapes tentando embarcar com 7,3kg de cocaína. Ontem, por volta das 19h, ela foi detida por policiais do Núcleo de Fiscalização ao Tráfego Internacional (NFTI) durante uma fiscalização de rotina, tentando embarcar para a Alemanha. Além da droga também foram apreendidos com Luciana, passagens aéreas, celular, cartões de embarque e %u20AC 1.100 em espécie.

A passageira passou a ser considerada suspeita depois que o aparelho de raio x detectou uma imagem suspeita na bagagem que ela levava. Durante os procedimentos de imigração, ela foi convidada para abrir a mala. Na vistoria foi encontrada uma escultura que foi submetida ao aparelho espectômetro. O resultado do teste indicou que o objetivo continha cocaína, suspeita confirmada em seguida pelo exame de narcoteste.

A partir de então, a suspeita recebeu voz de prisão em flagrante e foi conduzida para a Superintendência da Polícia Federal, onde, após retirado todo o invólucro que acondicionava a droga, os policiais contabilizaram um peso bruto de aproximadamente 7.3Kg de cocaína em alto teor de pureza.

De acordo com a PF, no interrogatório pouco esclarecedor, Luciana disse que iria passar um mês na Alemanha na casa de uma amiga e que os %u20AC 1.100 encontrados em seu poder foram obtidos de uma amiga que mora em Candeias. Ela contou ainda que a imagem lhe foi entregue por uma mulher com quem não tem intimidade e que residente em Timbaúba, para que fosse levada para a Hamburgo,na Alemanha.

Segundo a polícia, a droga é oriunda da Colômbia e está avaliada em aproximadamente U$ 580 mil. Luciana foi autuada por tráfico de entorpecentes em conexão com o exterior (artigos 33 e 40 da Lei 11.343/06) e se for condenada poderá pegar penas que somadas ultrapassam os 20 (vinte anos) de reclusão, caso sejam consideradas as circunstâncias agravantes. Ela foi recambiada para a Colônia Penal Feminina onde ficará á disposição da Justiça.

Esta é a 5ª apreensão de drogas feita pela PF no Aeroporto Internacional dos Guararapes no ano de 2009. Até agora 05 pessoas foram presas: 03 estrangeiros (02 espanhóis e 01 islandês) e dois brasileiros e a quantidade de cocaína apreendida no Aeroporto dos Guararapes até a presente data é de 20Kg. O ano passado a PF prendeu 10 pessoas sendo quatro brasileiros, dois africanos, uma inglesa, um argentino, uma dominicana e um Romeno, totalizando um peso bruto de 29,10 Kg de cocaína apreendidas.

Acadêmicos, empresários e políticos debatem crise, sustentabilidade e meio ambiente

Publicação: 05/06/2009 09:32 Atualização: 05/06/2009 09:34
A crise econômica mundial impôs profundas reflexões sobre a necessidade de políticas sustentáveis para o melhor aproveitamento dos recursos naturais, de modo a se promover distribuição mais justa e equilibrada dessas riquezas. Para tanto, é preciso compatibilizar desenvolvimento econômico com qualidade de vida e respeito ambiental.

A afirmação foi feita pelo presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, ao participar do seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre Crise e Sustentabilidade: Sinal Verde para a Indústria Brasileira. Para ele, é necessário repensar os modelos de produção e consumo que, nos padrões atuais, “comprometem o meio ambiente de forma inaceitável”.

A realização do seminário foi divulgada na semana passada, como parte das comemorações da Semana Internacional do Meio Ambiente, de 30 de maio a 5 de junho, para permitir que a comunidade acadêmica, empresarial e política avalie as potencialidades do país em áreas como biotecnologia, combustíveis renováveis e tecnologias de produção limpa.

Apesar da pauta atraente, como ressaltou a conselheira do Instituto Socioambiental (ISA) Adriana Ramos, uma das expositoras do seminário, “é difícil mobilizar a participação de mais pessoas em debates como este”, que teve menos de 50 ouvintes. Ela destacou que “encontros dessa natureza são de fundamental importância para mostrar que existe desconexão entre as variáveis de desenvolvimento, e elas precisam ser tratadas de forma mais integrada”.

Outro participante da discussão, o diretor geral da indústria de papel e celulose Klabin, Reinoldo Poernbacher, disse que sua empresa trabalha com foco na conservação dos recursos naturais, via integração de florestas nativas com projetos de reflorestamento, de modo a garantir a preservação da biodiversidade na área usada.

Poernbacher manifestou a percepção de que “quem não seguir modelo semelhante (na sua área de atuação) terá grandes dificuldades futuras”, e disse que “o que mais atrapalha o setor produtivo é quando parte dele não segue as normas de preservação, uma vez que a responsabilidade é de todos”.

Esse aspecto foi enfatizado também pelo representante da Casa Civil da Presidência da República, Jaime Oliveira. Ele afirmou que a legislação ambiental brasileira é boa e abrangente, embora precise de aperfeiçoamentos, e ressaltou que “a opção de desenvolvimento sustentável não é opção de governo, mas sim, de ordem legal. Portanto, os meios para gerar crescimento sustentável devem ser buscados pelo poder público e pela coletividade”.

Governo publica Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial



Publicação: 05/06/2009 09:35 Atualização: 05/06/2009 09:35
Está na edição desta sexta-feira (5/6) do Diário Oficial da União a norma que cria o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir).

De acordo com o Decreto n.º 6.872, o plano tem a finalidade de promover a igualdade de oportunidades e de remuneração das populações negra, indígena, quilombola e cigana no mercado de trabalho, além de combater o analfabetismo.

O plano será reavaliado a cada semestre, considerando os acordos das conferências nacionais de promoção da igualdade racial.

ONGs apontam 'desmonte da política ambiental'


Publicação: 05/06/2009 09:38 Atualização: 05/06/2009 09:39
Grupo de 22 entidades ambientalistas e movimentos sociais lançou nesta quinta-feira (4/6) uma nota pública ao que chamam de “desmonte da política ambiental”. Segundo eles, desde novembro, medidas do Executivo e do Legislativo “vêm solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável”. O estopim foi a aprovação no Senado da Medida Provisória 458, que regulariza as posses na Amazônia.

Segundo as entidades, ela “abriu a possibilidade de se legalizar a situação de uma grande quantidade de grileiros, incentivando, assim, o assalto ao patrimônio público, a concentração fundiária e o avanço do desmatamento ilegal”. O superintendente de Conservação da ONG WWF-Brasil, Cláudio Maretti, afirma que a MP favorece “quem segue a lógica da derrubada”, não a população tradicional amazônica. “Ela traz uma visão fundiária equivocada do Sul, de transformação da floresta em pastagem e cultura, não do aproveitamento dos recursos que estão ali.

Há 196 mil posses inscritas no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), mas apenas 10% são legais. O Ministério do Desenvolvimento Agrário acredita que o número chegue a 300 mil. A nota também critica a tentativa de se suspender a obrigatoriedade do licenciamento ambiental para a ampliação ou a revitalização de rodovias. A questão tem provocado desavenças entre os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e dos Transportes, Alfredo Nascimento, e facilitaria a pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho e Manaus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Ambientalistas criticam mudanças na legislação ambiental



Publicação: 05/06/2009 17:41 Atualização: 05/06/2009 17:43
No Dia do Meio Ambiente, 22 entidades ligadas a defesa de causas ambientais criticaram as mudanças da legislação ambiental brasileira, em curso no Congresso Nacional. Na quinta-feira (4/6), o Senado aprovou a Medida Provisória 458, que facilita a regularização fundiária na Amazônia – e já foi chamada pelos ambientalistas de “MP da Grilagem”.

“Com pesar, esta não é uma ocasião para se comemorar. É sim momento de repúdio à tentativa de desmonte do arcabouço legal e administrativo de proteção ao meio ambiente arduamente construído pela sociedade nas últimas décadas”, afirmam as entidades em nota, entre elas o WWF, o Greenpeace e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

As organizações consideram que as medidas já aprovadas ou em tramitação, como as tentativas de mudança no Código Florestal, “demonstram claramente que a lógica do crescimento econômico a qualquer custo vem solapando o compromisso político de se construir um modelo de desenvolvimento socialmente justo, ambientalmente adequado e economicamente sustentável”.

A nota cita ainda unidades de conservação que estão engavetadas na Casa Civil e o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no último dia 19 que fixou teto de 0,5% do valor da obra para compensação ambiental de grandes empreendimentos.

O grupo defende iniciativas como o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) Verde, que premia financeiramente os estados que possuam unidades de conservação ou terras indígenas, e a criação de um marco legal para energia alternativa. Essas propostas, segundo as entidades, estão parados no Congresso à espera de votação na Câmara ou no Senado.

“Queremos andar para frente, e não para trás. Convocamos todos os cidadãos brasileiros a refletirem sobre as opções que estão sendo tomadas por nossas autoridades nesse momento, e para se manifestarem veementemente contra o retrocesso na política ambiental e a favor de um desenvolvimento justo e responsável”, defendem.