domingo, 14 de junho de 2009

Wilson Diniz: Slogans de governos

13.06.09 às 01h06

Professor e economista

Rio - Programas de campanhas políticas com frases de efeitos que marquem o estilo do candidato e que sensibilizem o eleitor são a base de sucesso do governante ao assumir o governo. Slogans bem-sucedidos de alguns candidatos, que se elegeram ao longo da história da política brasileira, não significaram que o governante colocou em prática suas promessas de campanha e teve altos índices de aceitação popular. Jânio Quadros renunciou. Fernando Collor foi deposto.

Vários slogans de governantes, nos últimos 60 anos da política brasileira, ficaram na memória do eleitorado. Getúlio Vargas fez sua campanha com o tema “O petróleo é nosso”. Ele criou a Petrobras e fez um governo nacionalista de cunho populista.

Juscelino Kubitschek foi “50 anos em 5”. Prometeu construir Brasília e estabeleceu o Programa de Metas na linha desenvolvimentista.

Jânio Quadros foi eleito com a promessa de varrer a corrupção herdada do governo de JK. O alerta era “Jânio vem aí”.

O presidente de maior aceitação popular da história do País, Luiz Inácio Lula da Silva, começou seu governo com música e tema: “Deixa o homem trabalhar”. Todos esses slogans ficaram no subconsciente do eleitor.

No Rio, o governador Sérgio Cabral, eleito pelo PMDB com o apoio de um conjunto de forças de vários partidos, prometeu governar em parceria com o presidente Lula e com o novo prefeito que fosse eleito. Cumpre.

Suas promessas de recuperação do equilíbrio fiscal com Joaquim Levy, na Fazenda, e o caso da Cedae são inéditos, mas falta uma frase de efeito forte que simbolize todas as ações do governo.

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