sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Professor prevê queda no ritmo de redução do desemprego em 2009

21/11/2008 10:52:00

Brasília - O professor Carlos Alberto Ramos, da Faculdade de Economia da Universidade de Brasília (UnB), prevê que o setor de infra-estrutura terá peso importante em 2009 na continuidade da geração de empregos no país, que deve ocorrer em menor escala em outros setores. Segundo ele, previsões de analistas de mercado indicam que o Brasil não vai viver uma recessão, como acontecerá nos países europeus e nos Estados Unidos. "Apenas vai ocorrer aqui uma desaceleração do crescimento da economia, com queda no crescimento do emprego formal, cuja geração vinha sendo expressiva nos últimos anos, na faixa de 7% ao ano."
Em entrevista ao programa Notícias da Manhã, da Rádio Nacional, Ramos destacou que a construção civil, no ano passado, foi responsável pela oferta de quase 300 mil vagas e deverá apresentar desempenho melhor em 2009, por causa das medidas que o governo está tomando de estímulo ao setor produtivo, com a "irrigação do crédito".
Na avaliação do professor, o desemprego, em geral, não vai aumentar, apenas será reduzido de forma mais lenta. Ele informou que, em outubro de 2007, a construção civil gerou 22 mil vagas, contra cerca de 2 mil no mesmo período deste ano. Houve queda também na área da indústria mecânica, de transportes, de têxteis e calçados, em vista da restrição ao crédito.
O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou ontem (20) as informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), relativas a outubro de 2008. Foram gerados cerca de 61 mil postos de trabalho, contra 282 mil em setembro. Ao anunciar os números, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou que a queda na oferta de vagas em outubro foi maior do que no mesmo mês do ano passado, e lembrou que se trata de uma época do ano em que há fatores sazonais (como férias coletivas na indústria e retração na atividade trabalhadora na agricultura) o que normalmente provoca redução na geração de emprego.
No entanto, o ministro admitiu que o empresariado também pode ter se sido cauteloso em relação a novas contratações no mês passado, em vista da conjuntura econômico-financeira mundial difícil, que tem influências sobre o Brasil.

As informações são da Agência Brasil

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