quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

21/01/09 - 21h09 - Atualizado em 21/01/09 - 22h34

Pedestres usam barco para atravessar avenida da Zona Norte do Rio

Praça da Bandeira vira ‘lago’ após forte chuva que caiu sobre a cidade.
Regiões da Tijuca e de Vila Isabel foram as mais afetadas.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo

Pedestres usam barco para atravessar a Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, alagada após a forte chuva que caiu sobre o Rio nesta quarta-feira (21)(Foto: Pablo Jacob/Agência O Globo)

Com a Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio, alagada após a forte chuva que caiu sobre o Rio nesta quarta-feira (21), pedestres não tiveram outra saída: lançaram mão de um barco para atravessar o rio em que a avenida se transformou. As regiões da Tijuca e de Vila Isabel, na Zona Norte, foram as mais atingidas.

A Avenida Brasil, que liga a Zona Oeste ao Centro do Rio,  ficou com trânsito lento na altura da Linha Vermelha nos dois sentidos no início da noite desta quarta-feira (21), por causa da chuva.







Na Zona Norte do Rio, os alagamentos começaram a baixar por volta das 18h30. De acordo com a CET-Rio, os principais pontos afetados pela água, como Avenida Maracanã, Radial Oeste, Avenida 28 de Setembro, Praça da Bandeira, Avenida Maxuell e Rua São Francisco Xavier, já não apresentavam problemas graves.

Mais cedo, segundo a Defesa Civil, o Rio Maracanã, na Zona Norte do Rio, transbordou. O canal da Rua Heitor Brandão, na Tijuca, também transbordou e não havia acesso para veículos.

Motoristas também enfrentaram alagamentos nas ruas Silva Ramos, Doutor Satamini, Mariz e Barros, Professor Gabizo e Major Ávila. A água alagou também ruas na Praça da Bandeira e nos dois sentidos da Avenida Maracanã.

O trânsito na Ponte Rio-Niterói ficou parado no sentido Rio por causa de alagamentos na Avenida Brasil, na altura do Caju, na Zona Portuária e nas imediações da Rodoviária Novo Rio. A chuva que atingiu a cidade nesta quarta-feira (21) deixou diversos outros pontos alagados, complicando o trânsito.

Defesa Civil
A Defesa Civil municipal registrou 125 chamados até o início da noite, mas nenhuma vítima nesta quarta. Na Mangueira, parte de um muro e telhado de um dos setores da Faetec desabou. Um deslizamento atingiu uma casa, que ficou parcialmente destruída.

Na Abolição, no subúrbio do Rio, parte de uma marquise desabou, na Avenida Dom Helder Câmara. Uma árvore caiu na Rua Barão de Petrópolis, num dos acessos a Santa Teresa, interditando o tráfego de veículos.

Um deslizamento de terra deixou o trânsito complicado na autoestrada Grajaú - Jacarepaguá, sentido Grajaú. O tráfego foi interrompido em uma das pistas da estrada.

Trens
A chuva forte afetou também a circulação de trens. Segundo a SuperVia, concessionária que administra o serviço, o ramal de Saracuruna foi interrompido depois que o Rio Faria Timbó transbordou.

A empresa informou ainda que os ramais de Japeri e Santa Cruz operaram com atrasos por causa da baixa velocidade imposta por cautela às composições. Durante a noite foram disponibilizados trens extras para atender à população.

Barcas
As barcas que ligam Rio a Niterói, Charitas, Cocotá e Paquetá chegaram a trafegar com velocidade reduzida, também por causa da chuva. Segundo a concessionária do serviço, os intervalos entre as viagens, no entanto, foram mantidos (Praça XV-Niterói a cada dez minutos e Praça XV-Charitas de 15 em 15 minutos). A concessionária informou que botou barcas extras até 22h.

Aeroportos
O Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, operou apenas por instrumentos nesta quarta. Segundo a Infraero, há baixa visibilidade no local, por causa da chuva. Dos 57 voos programados até as 17h, oito atrasaram e cinco foram cancelados.

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no subúrbio do Rio, também operou apenas por instrumentos. Vinte e quatro voos, dos 122 programados até as 17h, atrasaram. Nenhum foi cancelado.

Praias impróprias
Todas as praias do Rio estão impróprias para o banho, segundo os técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), órgão da Secretaria do Ambiente.

A recomendação dos técnicos é para não entrar no mar por pelo menos 24 horas após o término do período de chuva. Nas praias de baía ou que sofrem influência direta de rios, canais e córregos afluentes, esse intervalo deve ser de pelo menos 48 horas.

A previsão do tempo, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é que a chuva permaneça pelo menos até domingo no Rio.


Foto: Daniella Clark / G1

Com a forte chuva, uma árvore caiu na Rua Barão de Petrópolis, no Rio Comprido, Zona Norte do Rio, num dos acessos à Santa Teresa. O local foi interditado pelo Corpo de Bombeiros e pela Guarda Municipal e nenhum carro consegue passar pelo local. Já a parte de baixo da rua em minutos se transformou num 'rio', dificultando a passagem de ônibus, carros e motos. (Foto: Daniella Clark / G1)


Falta de luz
A queda de galhos de árvores sobre a fiação elétrica deixou alguns trechos de cinco bairros sem luz. Pontos em São Conrado, Rio Comprido, Freguesia, Bangu e Campo Grande foram afetados.

Trechos de ruas dos municípios de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, Pati do Alferes, no Centro-Sul Fluminense e Barra do Piraí, no Sul Fluminense também ficaram sem energia elétrica.

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