quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

15/01/2009 00:58:00

Patrões negam estabilidade. Ministro endurece

Rio - A Força Sindical apresentou ontem à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) proposta para evitar demissões. Entre as saídas, redução da jornada e de salários, mas com tetos de 25%, nas horas de trabalho, e 15%, nos vencimentos. “O que mais queremos, e estão complicando, é estabilidade”, diz o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves. Do lado dos patrões, o discurso foi duro: a negociação não embute essa condição, adverte Paulo Skaf, presidente da Fiesp.

“Nossa preocupação é manter o nível de emprego. Não falamos em estabilidade”, frisou Skaf, que mandou um recado após reunião com empresários: “Se a taxa de juros não baixar, parte da culpa pelo desemprego será do governo”.

SOCORRO A EMPRESAS

Já o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, voltou a cobrar contrapartida das empresas beneficiadas. E disse que não podem usar a crise “para dar uma de esperto”. “Nossa intenção, além de ajudar as empresas a passar por essas dificuldades, é garantir os empregos. Estamos analisando o tipo de sanção e como isso pode ser feito”, afirmou.

Propostas para evitar dispensas incluem ainda férias coletivas, licença-remunerada, banco de horas e suspensão do contrato. “Muitas empresas já estão nos procurando. A demissão prejudica a todos. Desempregado gera custo e não consome”, destaca Miguel Torres, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, anunciou, em Nova Iorque, novas medidas para dar liquidez a bancos que fornecerem crédito a empresas brasileiras com dívidas em dólar. Estimativa é oferecer cerca de US$ 20 bilhões.

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